Alvorada do tempo,
chuva orvalhada,
majestade da mata,
velha, é a larva,
que aguarda ansiosa
o regresso da lua.
Põe-se o dia
e ouve-se ao longe
a melodia das estrelas,
no leito da mata,
dorme suave, quieta,
a majestade larva.
Escondida do tempo,
da chuva e do vento,
sonha com um mundo,
repleto de cheiros,
repleto de cores,
repleto de amores.
Em frágil manto,
reclusa, encolhida,
dorme esquecida,
que havia agora,
que havia mundo,
que havia vida.
Soa a melodia da aurora,
rompe suave o silêncio,
junto, a flor do casulo,
que resiste ao tempo
e ao som da toada, despetala
em notas que exalam vida,
música que semeia amor,
das larvas que sonham caladas
esperando um novo alvorecer
no balé das borboletas
neste universo de flor.
Via: Manga e Poesia
2 comentários:
Todos nós na vida temos um momento larva...
Lindo isso!
bju
:) É verdade Pri!
Beijos,
Ótima semana!
♥
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