Depois de uma longa caminhada pelas áreas atingidas, conversando com pessoas, ouvindo histórias, levando mantimentos, vendo de perto a dor dos desabrigados, José Barbosa Junior volta pra casa e escreve isto:
Solidar
Só quem lida com a dor
sólida, forte e atroz
sofre o seu dissabor
garganta fechada em nós
Solidão de quem espera
o filho que já não vem
tristeza que dilacera
o pouco que ainda tem
Solidez que se esvai
ao simples rolar do rio
tão pesado ele cai
furioso no seu desvario
Solitário o meu canto
ecoa por entre a chuva
as lágrimas e o pranto
do órfão e da viúva
Solidar o que sobrou
dos cantos dessa cidade
e o canto que me restou
é o da solidariedade.
José Barbosa Junior & Gladir Cabral
Via: Descanso da Alma
Um comentário:
Belo poema. muito bom mesmo assim como seu blog.
È um prazer sgui=lo.
abraços..
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